Sulivan Charles Barros
No universo plural das religiões afro-brasileiras, ou afro-índio-brasileiras, as entidades espirituais que constituem o panteão especialmente brasileiro, justaposto ao panteão de origem africana formado pelos orixás, são conhecidos como caboclos, mestres ou pelo nome genérico de encantados, concebidos como espíritos de homens e mulheres comuns que morreram ou então passaram diretamente deste mundo para um mundo mítico, invisível, sem ter conhecido a experiência de morrer: diz-se que se “encantaram”. Em todos estes cultos, o sincretismo com o catolicismo é sempre muito expressivo. Uns mais, outros menos, os cultos dos encantados não estão isolados, havendo trocas e influências recíprocas entre eles. Destes cultos, certamente a umbanda é o mais conhecido. Quem já teve a oportunidade de assistir a uma “gira” de um terreiro umbandista pode perceber, no ritual e no ambiente, a presença de elementos de várias religiões. No altar principal, chamado de “congá”, encontram-se imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora, santos como São Lázaro, São Jorge, Cosme e Damião, Orixás, ao lado de estatuetas de Buda, Iemanjá, índios, ciganos, pretos-velhos e, mais dissimuladas, representações que sugerem a figura do diabo (representando os exus e as pombas-giras). Encontram-se, também, nestes “congás”, objetos próprios do rito umbandista (“pembas”, “guias”, “patuás”, etc.), bem como, velas brancas, flores e por vezes ícones cívicos, como a bandeira nacional. >>> Leia mais, clique aqui.
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