“Bugigangas
gospel” incrementam idolatria evangélica: A comercialização de
águas, pulseiras, sais e outros artigos representa uma boa fonte de receita,
afora o dízimo, para igrejas evangélicas adeptas da teologia da prosperidade, mas
ferem princípios caros aos reformadores.
Para o blogueiro Danilo Fernandes, estagiário de teólogo “meia boca,
palhaço semiprofissional e doido por (e em) Cristo”, como se define, “80% dos
evangélicos não têm moral alguma para criticar católicos, hinduístas ou quem
quer que seja por conta de idolatria”.
A idolatria “evangélica” não se dá por imagens, mas por pessoas, explica
o blogueiro. “Não ajoelham diante de estátuas, mas beijam os pés dos apóstolos,
idolatram quinquilharias de Israel, fabricam toda a sorte de porcaria ungida e
se babam como vacas por seus ídolos vivos”, diz.
O Genizah, nome do blog, não é denominacional. Ele reúne bispo, pastor,
missionário de diferentes denominações, que querem levar “a Palavra da salvação
sem mistura e sem marketing!”
Sem apresentar números, Fernandes assinala que o volume dos negócios
gerados pela comercialização de produtos evangélicos é superior aos recursos
arrecadados pelos católicos com medalhas e velas.
“Hoje, evangélicos movimentam mais fabricando e vendendo toda a sorte de
bugiganga gospel do que todas as medalhas e santinhos dos católicos. Mesmo
mortos e incapazes de interceder por nós, pobres lascados, ao menos os
católicos podem reconhecer na maioria de seus santinhos, estátuas e medalhas
pessoas cujas virtudes são dignas de serem seguidas e admiradas – grandes
mestres, mártires, servos fiéis dedicados ao serviço do Reino”, comenta.