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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

50 anos da declaração Nostra Aetate


50 anos da declaração Nostra Aetate

Em 1962, o Papa João XXIII inaugurou o Concílio Vaticano II, iniciando um processo que levaria a uma verdadeira revolução nas relações entre a Igreja e a comunidade judaica internacional. Em 1965, o Concílio terminou, e a declaração Nostra Aetate foi publicada. >>> Leia mais em Dignitatis Humanae e Nostra Aetate

Veja mais:
Nostra Aetate - Vaticano (português): Declaração Nostra Aetate sobre a Igreja 
e as religiões não-cristãs (Roma, 28 de Outubro de 1965)
Nostra aetate:  Declaração do Concílio Vat. II sobre a Igreja e as religiões não-cristãs
Reveleteo da PUC-SP (v.8, n.13, 2014): O Diálogo nas Tradições Judaica e Cristã. A Igreja Católica e os Judeus, um diálogo em construção (Alberto Milkewitz)
Revista de Cultura Teológica da PUC-SP (n. 52 – 2005, Jul/Set- Ano XIII): A Declaração Nostra Aetate: o Respeito da Igreja pelos valores religiosos (Mons. Michael L. Fitzgerald)
Revista de Cultura Teológica da PUC-SP (n. 15 – 1996, Abril/Jun- Ano IV): Nostra Aetate e o Diálogo Religioso desde uma Perspectiva Judaica (Dr. Carlos A. Barbouth)
Revista de Cultura Teológica da PUC-SP (n. 15 – 1996, Abril/Jun- Ano IV): Nostra Aetate - 30 Anos depois (Ir. Alda)
Unitatis Redintegratio, Dignitatis Humanae, Nostra Aetate: Esta obra apresenta três documentos do Concílio Vaticano II que propõe uma nova visão das Igrejas e das religiões, fornecendo as bases para o diálogo ecumênico e inter-religioso. Trata do empenho da Igreja do Concílio no movimento ecumênico, no diálogo inter-religioso e na promoção da liberdade religiosa, com as consequentes implicações para a vida e missão da Igreja. Caracterizando-se pela objetividade na visão de conjunto sobre os três documentos conciliares, sem perder a especificidade de cada um, a obra mostra o percurso histórico da formação dos três documentos e uma análise da sua recepção na vida da Igreja. Tem como diferencial o justo equilíbrio entre a linguagem acadêmica e a acessibilidade ao leitor, tornando-se um texto recomendável a todos os agentes de pastoral. Esta obra é uma significativa contribuição para a continuidade do processo de recepção do Concílio Vaticano II e a celebração de seus 50 anos, fortalecendo o seu objetivo de impulsionar o diálogo ecumênico e inter-religioso.
Diálogo inter-religioso: 40 anos da declaração Nostra-Aetate 1965-2005: Lançada em 2005, a obra concentra em um único volume os principais documentos da Igreja Católica sobre o diálogo inter-religioso. A primeira parte - Declarações conciliares e outros documentos para o diálogo inter-religioso - é composta por documentos integrais, incluindo as declarações Nostra Aetate e Dignitatis Humanae. Na segunda parte são apresentados alguns trechos significativos de documentos católicos que tratam do diálogo inter-religioso. Na terceira parte são selecionados também alguns trechos dos documentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A quarta parte apresenta documentos específicos para o diálogo católico-judaico concluindo com um anexo que contém o "Decálogo de Assis para a paz" e a "Oração inter-religiosa".

    sábado, 18 de outubro de 2014

    O diálogo nas Tradições Judaica e Cristã. A Igreja Católica e os Judeus, um diálogo em construção

    Resumo: O autor apresenta sua visão sobre quais fatores que levaram a Igreja ao diálogo com os judeus, após uma história marcada pelo domínio católico e a perseguição ao povo judeu. Expõe também algumas contribuições judaicas bíblicas ao tema, tais como a técnica de debate/estudo chamada de pilpul e o conteúdo de extensos debates encontrados no Talmude, que demonstram o lugar central que o diálogo e a indagação filosófica têm no Judaísmo. Acrescenta também aportes contemporâneos judaicos ao pensamento universal, através da filosofia desenvolvida pelo pensador judeu Martin Buber, corroborando o lugar central e ininterrupto do diálogo no Judaísmo desde seu nascimento. Ao longo da apresentação são feitas ligações com a Declaração Nostra Aetate, como posicionamento chave da Igreja no tema do diálogo com os judeus, bem como os “10 Pontos de Seelisberg” e os “12 Pontos de Berlim”, resultado da interação entre cristãos e judeus após o Holocausto.

    domingo, 23 de outubro de 2011

    Rabinos europeus pedem ao Vaticano que suspenda o diálogo com os lefebvrianos

    IHU (21/10/2011): Rabinos europeus pedem ao Vaticano que suspenda o diálogo com os lefebvrianos: Rabinos europeus e sobreviventes do Holocausto no Estados Unidos pediram ontem ao Vaticano que suspenda o diálogo de unidade com os católicos ultra tradicionalistas até que o seu movimento se comprometa renunciar aos membro anti-semitas em suas fileiras. A reportagem é do sítio Religión Digital, 20-10-2011. A tradução é do Cepat. >>> Leia mais, clique aqui.

    sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

    O que une e o que divide cristãos e judeus

    IHU (15/01/2010)

    • O que une e o que divide cristãos e judeus: "Espero que, com essa visita, as relações com os judeus melhores, vistos os problemas que existem aqui na Itália por causa de uma sensibilidade particular, e espero que seja um sinal de que o diálogo avança". O cardeal Walter Kasper, presidente da Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, encontrou nesta quarta-feira alguns jornalistas por ocasião da visita do Papa à sinagoga de Roma, no domingo. Teólogo notável e pastor confiável, o prelado alemão, que também é titular do dicastério vaticano para o ecumenismo, construiu nestes anos com o mundo judeu uma sólida relação pessoal. A reportagem é de Marco Burini, publicada no jornal Il Foglio, 14-01-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto. >>> Leia mais, clique aqui.

    domingo, 4 de outubro de 2009

    O Papa e os amigos judeus. Tão próximos, tão distantes

    IHU (04/10/2009)

    • O Papa e os amigos judeus. Tão próximos, tão distantes: Bento XVI visitará proximamente a sinagoga de Roma. Mas quanto mais avança o diálogo entre os dois credos, mais se reconhecem distantes. Uma prova: o Kippur. Para os judeus é a festa mais importante do ano, para os cristãos se identifica com Jesus. Duas análises opostas em debate: a de um rabino e a de um teólogo católico. A reportagem é de Sandro Magister e está publicada no sítio italiano Chiesa, 25-09-2009. A tradução é do Cepat. Às vésperas do Ano Novo judaico, que este ano se celebra no dia 19 de setembro, Bento XVI enviou ao rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni, um telegrama de felicitações e de amizade. Nele confirmou que irá visitar em breve a sinagoga de Roma, “animado pelo vivo desejo de manifestar minha pessoal proximidade e a de toda a Igreja católica” à comunidade judaica. Esta será a terceira sinagoga que Bento XVI irá visitar, depois da de Colônia em agosto de 2005 e a de Park East em Nova York em abril de 2008. Antes dele, João Paulo II havia visitado a sinagoga de Roma em 13 de abril de 1986. Por estes dias se deu também um renovado gesto de amizade entre os judeus e a Igreja católica italiana. Em 22 de setembro, o cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal, se reuniu com os rabinos Di Segni e Giuseppe Laras, este último presidente da Assembleia Rabínica da Itália. E juntos decidiram retomar a celebração comum do Dia de Reflexão Judeu-cristão de 17 de janeiro, do qual os judeus se recusaram a participar da última vez, por causa das incompreensões decorrentes do caso Williamson. O tema do próximo Dia de Reflexão comum será o quarto mandamento na numeração judaica: “Lembre-se do Sábado para santificá-lo”. O Ano Novo, Rosh Ha Shanah, abre o ciclo das festas judaicas de outono. É seguido pelo Yom Kippur e a festa de Sukkot. O Yom Kippur, o Dia da Expiação, é a festa mais importante de todo o ano litúrgico judaico. Este ano cai no dia 28 de setembro, terceiro e último dia da visita que Bento XVI começou à República Checa. Na opinião do rabino Di Segni, a festa do Kippur não apenas expressa o coração da fé judaica, mas também reflete as “diferenças inconciliáveis” entre esta e a fé cristã. Os símbolos do Kippur, de fato – o Sumo Sacerdote, o Templo, o Sacrifício, o bode expiatório, a eliminação das culpas – assumiram no cristianismo um significado inteiramente novo. Di Segni explicou o significado judaico da festa e sua inconciliabilidade com a fé cristã em um artigo publicado no ano passado na primeira página do L’Osservatore Romano, por ocasião da festa anterior do Kippur. Mas, na sequência, o L’Osservatore Romano dedicou um espaço também ao outro lado da questão. Ou seja, a como o Novo Testamento revoluciona os símbolos do Kippur. O texto neotestamentário chave é a Carta aos Hebreus. Nela, o novo e definitivo Dia da Expiação é o sacrifício do Cristo na cruz. O autor da análise publicada pelo L’Osservatore Romano é um sacerdote e biblista africano, Christopher Robert Abeynaike, monge cisterciense, que desenvolveu sua tese de doutorado em Sagradas Escrituras sobre o mesmo tema, no Pontifício Instituto Bíblico, em 2008. Sua análise é muito douta, mas também de rara clareza. E evidencia o vínculo essencial que a Carta aos Hebreus estabelece entre o sacrifício de Cristo, a última ceia e a liturgia eucarística. >>> Leia mais, clique aqui.

    sábado, 26 de setembro de 2009

    Dia de reflexão judaico-cristão voltará a ser realizado na Itália

    Zenit (24/09/2009)

    • Dia de reflexão judaico-cristão voltará a ser realizado na Itália: O Dia de Reflexão Judaico-Cristão do dia 17 de janeiro, que costuma ser realizado na Itália um dia antes da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, voltará a ser celebrado em 2010. Esta informação foi divulgada no final do encontro da última terça-feira, entre o cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana, e os rabinos Giuseppe Laras, presidente da Assembleia Rabínica Italiana, e de Riccardo Di Segni, rabino-chefe da comunidade judaica de Roma.

    domingo, 26 de julho de 2009

    Cristãos e Judeus

    Cristãos e Judeus: Esta página web traz principalmente traduções ao português de artigos que foram publicados em outras línguas sobre o relacionamento cristão-judaico, e outros assuntos. Responsável para esse site é Pedro von Werden SJ, este que também faz as traduções.

    sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

    International Council of Christians and Jews (ICCJ)

    The ICCJ (International Council of Christians and Jews) serves as the umbrella organisation of 38 national Jewish-Christian dialogue organisations world-wide.


    The ICCJ member organisations world-wide over the past five decades have been successfully engaged in the historic renewal of Jewish-Christian relations. Founded as a reaction to the Holocaust, the Shoah, in the awareness that ways must be found to examine the deeply engrained roots of mistrust, hatred and fear that culminated in one of the worst evils in human history, theologians, historians and educators included the still fragile structure of enlightenment and the human rights movements of the inter-war period.

    In more recent years the ICCJ and its members increasingly engaged in the Abrahamic dialogue: the encounter between Jews, Christians and Muslims. The ICCJ's efforts to promote Jewish-Christian dialogue provide models for wider interfaith relations, particularly dialogue among Jews, Christians, and Muslims.


    Through its annual conferences and other consultations the ICCJ offers a platform where people of different religious backgrounds examine current issues across national and religious boundaries, enabling face-to-face exchanges of experience and expertise.


    The international headquarters of the ICCJ are located in the house where the great Jewish thinker Martin Buber lived until Nazi persecution forced him to flee Germany.


    Veja a versão em língua portuguesa:

    Relações Judaicas-Cristãs

    sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

    Três erros sobre a oração pelos judeus em latim da Sexta-Feira Santa 2008

    Três erros sobre a oração pelos judeus em latim da Sexta-Feira Santa 2008: ROMA, quinta-feira, 22 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A oração pelos judeus da Sexta-Feira Santa segundo o rito de João XXIII, não diz «oremos pela conversão dos judeus» mas «oremos pelos judeus», aponta a ZENIT o Pe. Michel Remaud, diretor do Instituto Cristão de Estudos Judeus e de Literatura Hebraica de Jerusalém. >>> Leia mais, clique aqui.


    Leia mais:

    terça-feira, 20 de janeiro de 2009

    Jornada do Judaísmo: ‘As razões do nosso não’

    Jornada do Judaísmo: ‘As razões do nosso não’: Segundo a revista Popoli, 1º-01-2009, "o primeiro passo para um diálogo autêntico é colocar-se à escuta das razões do outro". Com essa convicção, "que anima a linha editorial da nossa revista", a Popoli publicou o comentário do rabino-chefe de Veneza, Elia Enrico Richetti, sobre o cancelamento da participação dos rabinos italianos na tradicional jornada judaico-cristã, que iria ser realizada no sábado, dia 17, com o Vaticano. >>> Leia mais em IHU, em 20/01/2009.


    Para ler mais:

    Veja ainda:

    quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

    A Bishop and a Rabbi Defend the Prayer for the Salvation of the Jews

    A Bishop and a Rabbi Defend the Prayer for the Salvation of the Jews: The bishop is Gianfranco Ravasi. The rabbi is Jacob Neusner. The prayer is the one for Good Friday in the ancient rite. This is why Benedict XVI wanted to change the text. >>> Leia mais em www.chiesa.com, em 15/01/2009.


    Leia mais:

    Rabino acusa papa de cancelar 50 anos de diálogo entre judeus e católicos

    50 years of dialogue between Jews and Catholics erased: Rav Richetti explains why

    The New Prayer in Latin “pro Iudaeis” for Good Friday

    terça-feira, 13 de janeiro de 2009

    Rabino acusa papa de cancelar 50 anos de diálogo entre judeus e católicos

    Rabino acusa papa de cancelar 50 anos de diálogo entre judeus e católicos: As relações entre os judeus e a Igreja Católica voltaram a sofrer nesta terça-feira um novo contratempo após as afirmações do rabino de Veneza, Elia Enrico Richetti, que afirmou que com Bento 16 a igreja está cancelando os últimos 50 anos de história do diálogo entre judeus e católicos. >>> Leia mais em FSP online, em 13/01/2009.

    segunda-feira, 17 de novembro de 2008

    Judeus e cristãos, juntos para educar novas gerações

    Entrevista ao presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos - Por Lisztovzki Tunde - BUDAPESTE, domingo, 16 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- É de vital importância que judeus e cristãos continuem dialogando e colaborando juntos na educação das futuras gerações, na tolerância e no compromisso, afirmou o cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, ao finalizar o II Congresso Internacional organizado pela Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo e pela Comissão Judaica Internacional sobre Consultas Inter-Religiosas. O encontro, realizado em Budapeste (Hungria), de 9 a 12 de novembro, tratou sobre «A sociedade civil e a religião, perspectivas católicas e judaicas». O cardeal fez um balanço com a Zenit. >>> Leia mais, clique aqui.

    segunda-feira, 10 de novembro de 2008

    Judeus e católicos, preocupados pelos nacionalismos excludentes

    BUDAPESTE, segunda-feira, 10 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Qual é o papel da religião na sociedade atual? Sobre este tema reflete o XX Encontro da International Jewish-Catholic Liaison Committee (Ilc), durante os dias 9 a 12 de novembro, em Budapeste. A delegação católica que participa do encontro está encabeçada pelo cardeal Walter Kasper, presidente da Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo, e dela fazem parte o cardeal Theodore McCarrick, arcebispo emérito de Washington, e o salesiano Norbert Hoffmann, secretário desta comissão. Pela parte judaica, participam os membros do Rabinato de Israel para as relações com a Igreja Católica. >>> Leais mais, clique aqui.

    Santa Sé envolve jovens no diálogo com judeus

    ROMA, segunda-feira, 10 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- De 9 a 12 de novembro realiza-se em Budapeste, Hungria, um encontro organizado pela Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo e pela Comissão Judaica Internacional de Consultas Inter-Religiosas, centrado no tema «A sociedade civil e a religião, perspectivas católica e judaica». >>> Leia mais, clique aqui.

    terça-feira, 4 de novembro de 2008

    Papa à delegação judaica: "O diálogo entre as culturas e as religiões é como um dever sagrado"

    Fátima Missionária – Lucília Oliveira, em 30/10/2008 - Cristãos e judeus devem dar um testemunho comum do amor de Deus, num mundo frequentemente marcado pela pobreza, pela violência e pela exploração


    Bento XVI recebeu uma delegação da organização judaica "International Jewish Committee on Interreligious Consultations" (Comité Judaico Internacional de Consultas Inter-religiosas) e sublinhou o empenho da Igreja na condenação de todas as formas de anti-semitismo. "Os cristãos, hoje, estão mais conscientes do património espiritual que compartilham com o povo da Torá, o povo escolhido por Deus, na sua inefável misericórdia, um património que convida a um maior apreço recíproco, ao respeito e ao amor".


    O Pontífice defendeu que o diálogo entre as culturas e as religiões deve ser visto, “como um dever sagrado que grava sobre todos aqueles que estão empenhados na construção de um mundo digno do homem". Bento Xvi salientou ainda a necessidade do diálogo: "A capacidade de aceitar-se e de respeitar-se mutuamente, e de dizer a verdade na caridade, é essencial para superar as diferenças, para prevenir as incompreensões e evitar conflitos inúteis".


    O rabino David Rosen agradeceu à Santa Sé o empenho contra toda e qualquer forma de anti-semitismo e pediu para que os estudiosos possam ter acesso (nos arquivos vaticanos)aos documentos relativos ao período nazi-fascista. O rabino manifestou ainda solidariedade aos cristãos da Índia, Iraque e sudeste asiático, pela violência que têm sofrido.

    sábado, 13 de setembro de 2008

    Discurso de Bento XVI a representantes da comunidade judaica

    «Ser anti-semita significava também ser anticristão»

    PARIS, sexta-feira, 12 de setembro de 2008 (
    ZENIT.org).- Publicamos o discurso que Bento XVI pronunciou na tarde desta sexta-feira durante um breve encontro com representantes da comunidade judaica na nunciatura apostólica de Paris.

    * * *

    Queridos amigos, esta tarde vos recebo com prazer. É uma feliz circunstância que nosso encontro tenha sido marcado na vigília da celebração semanal do shabbat, o dia que desde tempos imemoriais ocupa um lugar tão relevante na vida religiosa e cultural do povo de Israel. Todo judeu piedoso santifica o shabbat lendo as Escrituras e recitando os salmos. Queridos amigos, vós sabeis, também a oração de Jesus se nutria dos salmos. Ele ia regularmente ao templo e à sinagoga. Ouvia lá a palavra no dia do sábado. Ele quis sublinhar com que bondade Deus cuida do homem, também inclusive na organização do tempo. O Talmud Yoma (85b) não diz por acaso «O sábado foi dado a vós, mas vós não fostes dados ao sábado»?. Cristo pediu ao povo da Aliança que reconhecesse sempre a inaudita grandeza e o amor do Criador de todos os homens. Queridos amigos, por ocasião do que nos une e por motivo do que nos separa, temos de viver e fortalecer nossa fraternidade. E sabemos que os laços da fraternidade constituem um convite contínuo a conhecer-se melhor e respeitar-se.

    Por sua própria natureza, a Igreja Católica se sente chamada a respeitar a Aliança estabelecida pelo Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó. Ela se situa também, de fato, na Aliança eterna do Onipotente, que não se arrepende de seus desígnios e respeita os filhos da Promessa, os filhos da Aliança, como seus irmãos amados na fé. Ela repete com força, através de minha voz, as palavras do grande Papa Pio XI, meu venerado predecessor: «Espiritualmente, nós somos semitas» (Alocução a peregrinos belgas, 6/09/1938). A Igreja, por isso, opõe-se a toda forma de anti-semitismo, do qual não há nenhuma justificação teológica aceitável. O teólogo Henri de Lubac, em uma hora «de trevas», como dizia Pio XII (Summi Pontificatus, 20.10.1939), compreendeu que ser anti-semita significava também ser anticristão. Mais uma vez, sinto o dever de prestar uma comovida homenagem àqueles que morreram injustamente e àqueles que se ocuparam de que os nomes das vítimas ficassem presentes na lembrança. Deus não esquece!

    Não posso deixar de reconhecer, em uma ocasião como esta, o papel eminente que tiveram os hebreus da França para a edificação da nação inteira e sua prestigiosa contribuição a seu patrimônio espiritual. Eles deram – e continuam dando – grandes figuras ao mundo da política, da cultura e da arte. Faço votos respeitosos e cheios de afeto para cada um deles e invoco com fervor sobre todas vossas famílias e todas vossas comunidades uma particular bênção do Senhor dos tempos e da história. Shabbat shalom!