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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Nazismo, niilismo e o erro de Ratzinger

IHU (12/08/2009)

Nazismo, niilismo e o erro de Ratzinger


"A Igreja católica não tem o monopólio do conhecimento (e muito menos da prática) do bem, assim como não está excluída dele. O caminho é difícil para qualquer um. A fé religiosa não pode ser uma companhia de seguros, nem pública nem privada."


A opinião é de Adriano Sofri, ex-militante político italiano e estudioso do campo histórico-político e colaborador em diversos jornais italianos, publicada no jornal La Repubblica, 11-08-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.


Eis o artigo.


Gostaria de tentar descrever o desconcerto com que li as palavras pronunciadas por Bento XVI no domingo no Ângelus em Castel Gandolfo. A natureza e quase a distração com a qual o Papa aproximou nazismo e niilismo me fizeram saltar: "Os campos de concentração nazistas, símbolos extremos do mal, como o niilismo contemporâneo...". Eu não sou filósofo e muito menos teólogo, mas o uso ordinário e não especializado que se faz, e o próprio Papa faz, de termos como niilismo, autoriza qualquer um a pensar a respeito e responder. >>> Leia mais, clique aqui.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Sarkozy gera nova polêmica ao falar sobre religião e Holocausto

Reuters/Brasil Online
Por Tom Heneghan

PARIS (Reuters) - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, gerou uma nova polêmica ao dizer que a fé tem um lugar na esfera pública e que as crianças francesas em idade escolar deveriam aprender sobre as 11 mil crianças judias da França mortas no Holocausto.

Sarkozy tem deixado indignados os partidários do secularismo com seus constantes apelos à fé religiosa e suas referências às raízes cristãs do país. E, na quarta-feira, em uma organização judaica da França, afirmou que a violência e as guerras do século 20 deviam-se à "ausência de Deus".

Os alunos de 10 anos de idade "deveriam conhecer o nome e a história de vida das crianças que morreram no Holocausto", afirmou no Conselho Representativo de Instituições Judaicas na França (Crif).

Na quinta-feira, viu-se criticado tanto por secularistas, que desejam manter separadas as esfera da religião e dos assuntos públicos, e por pessoas segundo as quais as crianças poderiam ficar traumatizadas ao estudarem o Holocausto por meio de vítimas infantis com as quais poderiam se identificar.

"O presidente não deveria lançar mão desse tipo de pregação como vem fazendo agora", afirmou o senador esquerdista Jean-Louis Melenchon. O deputado de centro François Bayrou previu "um choque entre os valores da França e aqueles de Nicolas Sarkozy".

"Não acredito que possamos impor a rememoração", disse o ex-primeiro-ministro Dominique de Villepin. Fazer com que os alunos "adotem" vítimas do Holocausto é algo "pesado demais", afirmou.

Os recentes discursos proferidos por Sarkozy diante de católicos e muçulmanos fizeram nascer acusações de que o líder francês violava o princípio da separação entre o Estado e a Igreja. Ele é o primeiro presidente do país a discursar no jantar anual da Crif, um papel desempenhado normalmente pelo primeiro-ministro.

Sarkozy diz ser um católico relapso.

Os antecessores dele no cargo evitaram falar sobre religião mesmo quando eram fiéis praticantes.

O líder francês argumenta que as pessoas religiosas possuem uma esperança e um objetivo de vida que falta à sociedade moderna devido ao "fim da ideologia" após a Guerra Fria e à disseminação da desilusão em uma sociedade consumista.

Sarkozy disse ao Crif que sua meta não consistia em derrubar o muro que separa a religião do Estado, mas ajudar as comunidades religiosas a resolverem os problemas práticos que enfrentam diante do poder público.


Extraído de:
O Globo on-line, em 14/02/2008.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Nunca mais (Sérgio Niskier)

O Globo – Opinião, 5ª-feira, 24 de janeiro de 2008 - página 7.

Nunca mais

SÉRGIO NISKIER

Passados 60 anos da liberta­ção do campo de concentra­ção de Auschwitz, no Sul da Polônia, ainda encontramos quem conteste a existência do Holo­causto e pregue abertamente as teo­rias nazistas. E não apenas nos rin­cões afastados da civilização, sem maiores oportunidades de acesso à informação. Os idólatras de Hitler se encontram em todos os lugares, até mesmo aqui, em nossa Cidade Mara­vilhosa. Não podemos minimizar o assunto. Esses indivíduos não são pobres coitados ignorantes, descul­pa dada multas vezes para se tentar esconder a gravidade do problema. São políticos, Intelectuais, professo­res, jornalistas, que têm em comum o vírus do preconceito.

Muitas vezes disfarçados de de­mocratas, não escondem o ódio ra­cista. E isso ocorre em diversos lu­gares do mundo. O Irã faz campanha de mídia para aproveitar a ignorân­cia e a preguiça da sociedade em uma tentativa de apagar da História uma das maiores tragédias já ocor­ridas na Humanidade. Auschwitz é sinônimo de besta e de fera. Nos remete ao que de pior pode haver no género humano. Durante a Segunda Guerra Mundial, no período do Holocausto, mais de 50 milhões de pessoas morreram vitimadas pela loucura nazista. Mortos não apenas nos campos de batalha, mas também de forma metódica, industrial, em fornos crematórios, câmaras de gás, tortura indiscrimi­nada, fuzilamentos, enforcamentos, experiências médicas ultrajan­tes, fome, doença. Grupo escolhido como bode expiatório, os ju­deus sofreram a maior perda com 6 milhões de assassinados, entre eles 1,5 milhão de crianças. Mas não estavam sós na destruição de suas vidas vitimadas pelo preconceito. A criminosa fúria racista atingiu indiscriminadamente testemunhas de Jeová, ciganos, homossexuais, comunistas, negros, opositores do regime nazista. O racismo nunca atinge um único grupo.

A intolerância é uma praga que é uma praga que contamina a sociedade. À ninguém deve ser dado o direito de não aprender com a História. Ao nos de­frontarmos com o preconceito, con­tra quem quer que seja, por menor que seja, estamos sendo todos atin­gidos, ainda que naquele momento a ação não nos atinja diretamente. Devemos reagir imediatamente e sempre de forma solidária. Sem hesitação e sem medo. Sem o silêncio dos covardes.

Nosso país ocupa um papel importante no cenário das nações. A participação brasilei­ra nos campos da Euro­pa durante a Segunda Guerra Mundial foi co­berta de glórias. Nosso sangue também foi der ramado para garantir o fim do fascismo e do risco de o mundo se tornar um im­pério da maldade e do ódio. Tam­bém somos vítimas do Holocausto. O Reich tornou legal odiar, discrimi­nar, matar por preconceito, torturar, destruir. E isso não aconteceu em algum local intelectual e financeiramente atrasado. Ocorreu em um país onde os desenvolvimentos téc­nico, científico, cultural e social eram dos maiores do mundo.

No Brasil, mostramos com uma le­gislação anti-racista, a Lei Caó, que nosso povo não aceita conviver com o ódio. Outras leis e medidas, em vá­rios estados, garantem a resposta legal e policial contra o preconceito. Um exemplo é a criação dentro da estrutura do Estado de órgãos onde governo e sociedade civil se unem para lutar contra o racismo, como o Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, dentro da SEPPIR, criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela participação histórica do Brasil na luta pelas causas libertárias e pelo fim do preconceito dentro de nossas fronteiras, precisamos mostrar a voz brasileira, de forma clara e transparente, hon­rando nosso passado de luta, e dizendo: Holocausto nunca mais.

SÉRGIO NISKIER é presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ). http://www.fierj.org.br/


B´nai B´rith Press (BB Press) – 24/01/2008.
Presidente Lula vai ao RJ para cerimônia sobre Holocausto
A FIERJ e o Centro de Informações da ONU no Rio de Janeiro vão realizar na sexta-feira (dia 25 de janeiro), às 10:30h, uma cerimônia pelo `Dia Internacional de Lembrança às Vítimas do Holocausto`, instituído pela ONU. O evento, que acontecerá no Palácio Itamaraty, constará da inauguração da exposição `Holocausto nunca mais`, organizada pelo Museu Judaico do Rio de Janeiro, de um ato cívico com a presença de autoridades, entre as quais o presidente Lula e os governadores Sergio Cabral, do Rio de Janeiro, e Jacques Wagner, da Bahia; da entrega de duas medalhas simbólicas de reconhecimento da comunidade judaica ao empenho das forças armadas e da diplomacia brasileira no combate ao nazismo e do acolhimento aos sobreviventes que escaparam da II Guerra Mundial.

B´nai B´rith do Brasil participa do evento
A B´nai B´rith do Brasil participa da cerimônia, sendo representada pelo co-presidente Abraham Goldstein, que estará presente juntamente com muitos membros das Lojas Albert Einstein e Herut, da B´nai B´rith do Rio de Janeiro.

Solenidade será transmitida ao vivo pela TV e Internet
O evento do Dia Mundial em Memória das Vítimas do Holocausto desta sexta-feira, será transmitido ao vivo pela Rabiobrás, no canal 4 da NET a partir das 10h30. Também poderá ser assistido em qualquer lugar do mundo ao vivo pela internet no site www.radiobras.gov.br Participe.