Com Mohamed Arkoun, desaparece uma grande figura da islamologia

IHU (16/09/2010): Com Mohamed Arkoun, desaparece uma grande figura da islamologia: O islamólogo Mohamed Arkoun faleceu terça-feira, 14 de setembro, em Paris, na idade de 82 anos. Com ele desaparece uma figura importante da islamologia e um “transmissor” entre as culturas. A reportagem é de Martine de Sauto e publicada pelo jornal La Croix, 15-09-2010. A tradução é de Benno Dischinger. Ele não cessou de querer desencravar o islã, a saída do que ele chamava seu “fechamento dogmático” erigido em “cidadela de resistência” aos desafios da história, que desembocou num islã “bloqueado, anquilosado, cuja letra mata o espírito muçulmano”. Seus propósitos lhe valiam a hostilidade dos teólogos que recusavam integrar as aquisições da modernidade, notadamente fazendo uma leitura histórico-crítica do Corão e da tradição corânica. Falar de humanismo e de islã lhe parecia realmente necessário, tanto ele suportava mal o islã submisso a desígnios políticos, como também o fato de os ‘mollahs’ intervirem na vida dos muçulmanos. Islamólogo de reputação, pensador exigente e pedagogo obstinado, Mohamed Arkoun não se contentava, no entanto, em chamar a um aggiornamento do islã. Ele convidava as outras religiões a uma mesma crítica de seu discurso religioso. É verdade que todo o seu percurso o conduzira a tornar-se, como o indica seu amigo, o P. Christian Delorme, um “transmissor”. >>> Leia mais, clique aqui.