O pecado da ignorância
Gabriela Carelli
O cardeal alemão Walter Kasper, de 72 anos, é uma das vozes mais influentes da Igreja Católica. Assessor de João Paulo II, foi citado como um dos possíveis candidatos a sua sucessão. Hoje, está entre os colaboradores mais próximos de Bento XVI, de quem é amigo há quarenta anos. Teólogo respeitado, ele demonstrou um estilo pastoral inovador quando era bispo na Alemanha. Foi um dos três bispos a permitir a comunhão de fiéis divorciados, em 1993. Essa prática foi interrompida no ano seguinte, a pedido do Vaticano. Desde 2001 Kasper preside o Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, um órgão ecumênico, e também a Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, destinada a pôr fim ao cisma milenar entre o cristianismo e o judaísmo. Ele empenha-se principalmente no combate ao anti-semitismo, que ressurgiu com renovado vigor devido aos conflitos no Oriente Médio. Kasper esteve no Brasil na semana passada para participar de uma celebração inter-religiosa com a comunidade judaica.
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Entrevista concedida à Revista Veja, edição 1924, ano 38 – 28 de setembro de 2005.
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