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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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domingo, 6 de setembro de 2009

Novas comunidades católicas: “tradução” mais visível da influência das mudanças sociais sobre a religião. Entrevista especial com Luiz Benedetti

IHU (06/09/2009): Novas comunidades católicas: “tradução” mais visível da influência das mudanças sociais sobre a religião. Entrevista especial com Luiz Benedetti: O atual cenário religioso brasileiro não inspira nenhuma renovação, na visão do padre e filósofo Luiz Roberto Benedetti. Mas, esclarece ele, “talvez ajude a Igreja a tomar consciência de que sua palavra perde a aura de sacralidade e de autoridade impositiva de que gozava, uma vez que – e aqui lembro a Evangelii Nuntiandi de Paulo VI – este mundo aceita as testemunhas mais do que os mestres. Estes são vistos como necessários, pois ‘delimitam’ um campo de verdade e moralidade (psicologicamente saudável), mas isso não significa que as pessoas se guiem por eles”. Benedetti concedeu a entrevista a seguir, por e-mail, para a IHU On-Line, onde afirma que “o catolicismo, no Brasil, sofre as consequências da mudança social acelerada. Mudança caracterizada, no caso religioso, pelo pluralismo religioso”. E assim descreve o panorama atual do catolicismo: “a incapacidade de compreender as mudanças sociais cada vez mais rápidas e profundas leva a Igreja a propor-se como única tábua de salvação. Só ela tem o remédio para todos os males. Os fora dela estão inseguros, perdidos, desenraizados. Esta visão impede de ver os problemas reais experimentados pela grande massa. Por outro lado, pode-se visar no pontificado de Bento XVI uma espécie de catolicismo de minoria; simplificando: poucos, mas bons. Não significa buscar um catolicismo de elite, mas sim cristãos conscientes da própria fé, capazes de lutar por seus direitos de participação na vida da Igreja, co-responsáveis, presentes nos embates sociais e políticos. Não acredito na volta de um catolicismo fundado em manifestações massivas, que se esgotam em si mesmas. São psicologicamente reconfortantes, mas não representam um caminho para uma presença expressiva da Igreja no mundo”.


Benedetti possui graduação em Filosofia pelo Instituto Camiliano Pio XII, graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo, graduação em Teologia pela Conferência Nacional dos Religiosos, mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo e doutorado em Ciências Humanas pela mesma instituição. Atualmente, é professor na Faculdade de Teologia e Ciências Religiosas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. É autor de, entre outros, Os santos nômades e o Deus Estabelecido (São Paulo: Paulinas, 1983) e Templo, praça, coração - A articulação do campo religioso católico (São Paulo: Humanitas / USP / FAPESP, 2000).


Confira a entrevista.

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