Diário de Pernambuco 10/01/2009.
Felicidade // Estudo analisa religiosidade
Madri (EFE) - As práticas religiosas, como ir à igreja ou rezar, são pouco influentes para determinar o grau da felicidade de uma criança, aponta um estudo da British Columbia University do Canadá. É a espiritualidade, entendida como sistema de confiança interior de uma pessoa, o fator mais importante para que as crianças sejam felizes, seguido de seu temperamento.
A pesquisa, liderada por Mark Holder e publicada no último número da revista Springer's Journal of Happiness Studies, consistiu em analisar a felicidade de 320 crianças de idades entre 8 e 12 anos procedentes de quatro colégios públicos e dois religiosos através de questionários preenchidos por eles e seus pais.
As crianças mais felizes são as que sentem que sua vida faz sentido e que desenvolvem relações interpessoais mais profundas, ambas características da espiritualidade.
Diversos estudos já relacionaram a religiosidade e a espiritualidade com a felicidade de adultos e adolescentes, mas existem poucas pesquisas feitas com crianças.
Os aspectos pessoais íntimos, como a auto-estima e a concepção do sentido da vida, e os comunitários, a qualidade das relações pessoais, são os fatores mais determinantes na felicidade de uma criança.
O comportamento também é importante: as crianças mais sociáveis e menos tímidas são mais felizes. No entanto, segundo os pesquisadores, as práticas religiosas, tais como reza, meditação e participação dos rituais eclesiásticos, têm muito pouco efeito sobre a felicidade delas.
Críticas - Em Londres, a Autoridade para Padrões Publicitários, o organismo de auto-regulação da publicidade no Reino Unido, terá que intervir em uma disputa sobre a existência ou inexistência de Deus, depois de ter recebido 48 queixas de pessoas sobre uma campanha de publicidade ateia nos ônibus britânicos.
Oitocentos ônibus estão com a mensagem: "Provavelmente, Deus não existe. Portanto, pare de se preocupar e aproveite a vida".
Stephen Green, um militante cristão que liderou os protestos contra a transmissão pela BBC da ópera Jerry Springer, considerada blasfêmia, pediu à citada agência que exija a retirada dessa publicidade, porque a afirmação feita nela não pode ser provada.
Os organizadores da campanha queriam um slogan mais contundente sobre a inexistência de Deus, mas, no fim, aceitaram diminuir o tom, inserindo o advérbio "provavelmente" para cumprir as regras da agência.
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