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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 3 de maio de 2008

Pai Nosso ecoa em vila muçulmana

Malula – entrada em aramaico – deriva de uma lenda que evoca a herança religiosa separada da cidade. Santa Takla, linda jovem que estudou com St. Paul, fugiu de casa onde hoje é a Turquia depois que os pais pagãos a maltrataram devido a sua fé cristã recém descoberta. Chegando a Malula, ela viu o caminho bloqueado por uma montanha. A jovem rezou, e as rochas se dividiram em duas, e um riacho brotou por debaixo de seus pés.

Hoje, os turistas andam pelo cânion estreito onde se acredita que a santa tenha passado, com rochas rosadas a 30 metros acima de uma trilha. Próximo dali, duas dúzias de freiras vivem no Convento de Santa Takla, dirigindo um pequeno orfanato.

– Ensinamos às crianças o Pai Nosso em aramaico – revela uma freira vestida de preto – Mas todo o resto é em árabe.

Há uma capela na montanha onde dizem que a Santa Takla viveu, com uma árvore crescendo horizontalmente pata fora do local.

Mas até mesmo a identidade cristã da cidade está desaparecendo. Os muçulmanos começaram a substituir os cristãos emigrantes, e agora Malula – que já fora inteiramente cristã – é quase metade muçulmana.

Extraído de:
Jornal do Brasil, Internacional, em 03/05/2008.

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