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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 11 de março de 2008

Santa Sé: mais garantias à segurança alimentícia no Oriente Médio

Intervenção do observador permanente na FAO
Por Roberta Sciamplicotti

CAIRO, terça-feira, 11 de março de 2008 (ZENIT.org).- Garantir a segurança alimentícia no Oriente Médio: esta é a proposta apresentada pela Santa Sé na XXIX sessão da conferência regional da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

O encontro, organizado para considerar a situação na região e proporcionar indicações específicas para enfrentar estas necessidades, aconteceu no Cairo, Egito, de 1º a 5 de março.

O observador permanente vaticano, Dom Renato Volante, constatou em sua intervenção que «a segurança alimentícia é o resultado de um especial empenho por encontrar as formas mais adequadas para desenvolver, com eficácia e coerência, programas que garantam ou melhorem o direito fundamental de cada indivíduo e comunidade a estar livres da fome».

Este esforço, observou, «está diretamente relacionado ao respeito à dignidade dos vulneráveis e desfavorecidos, e por este motivo não pode deixar-nos indiferentes».

É, portanto, necessário «intervir naquelas situações nas quais boa parte da população é obstaculizada em seu desenvolvimento», declarou.

A situação da segurança alimentícia na região do Oriente Médio suscita preocupação também «ante um geral desenvolvimento no âmbito da disponibilidade de alimentos destinados a nutrir as pessoas».

O prelado sublinhou neste sentido a necessidade de enfrentar a «carência de água», que condiciona tanto a alimentação como as «condições sociais e de saúde», «sobretudo naquelas áreas naturalmente em risco de desertificação».

Dom Volante exigiu que se preste «mais atenção aos pequenos agricultores, com freqüência deixados de lado pelas instituições e pelas atividades cooperativas».

Os dados, admitiu o prelado, testificam os esforços realizados até agora pela FAO e pelos diversos governos para «ajudar a aumentar de forma eficaz a produção de trigo, salvaguardar os recursos naturais, implementar as políticas agrícolas e realizar intervenções eficazes e cada vez mais resolutivas a longo prazo».

Junto a isso, é necessário reconhecer «a posição central do ser humano na sociedade e nos processos de decisão».

A atividade agrícola e a produção de alimentos devem ser acompanhadas por «decisões cuidadosas, apropriadas políticas internas e internacionais e linhas-guia operativas que deveriam ser apoiadas no âmbito tecnológico».

«Combinar o conhecimento e as práticas tradicionais com o saber fazer inovador como resultado do progresso científico e tecnológico é sem dúvida um desafio para os países desta região», reconheceu.

Segundo Dom Volante, o empenho da Conferência por selecionar os instrumentos para garantir o desenvolvimento rural a longo prazo pode dar um ulterior impulso a estes objetivos.

A Santa Sé, recordou, está especialmente atenta às iniciativas levadas adiante no âmbito internacional «para procurar resolver as situações de fome, carência de alimentos, desnutrição».

Por este motivo, explicou, «oferece disponibilidade para refletir sobre os dados considerados pela Conferência desde o ponto de vista ético que pertence à sua natureza e à sua missão».

A delegação vaticana convidou, portanto, a «concentrar-se sobre os resultados obtidos durante esta Conferência em uma perspectiva que implica o ser humano em seu conjunto, recordando aqueles valores fundamentais da história, de diversas culturas, experiências religiosas e vida social na região do Oriente Médio».

Estes aspectos, observou Volante, «expressam facilmente os conceitos de justiça e solidariedade que devem ser postos em prática na política, regras e ações para combater a pobreza em todas as suas dimensões materiais e espirituais».

Do mesmo modo, é necessário «não se referir à pobreza e à insegurança alimentícia como a meras situações técnicas que, por muito importante que sejam, poderiam também limitar a cooperação e a ajuda».

Ainda consciente das dificuldades inerentes ao enfrentamento da questão da segurança alimentícia no Oriente Médio, Dom Volante concluiu sua intervenção afirmando que confia «nas capacidades de todas aquelas forças vivas da região cotidianamente empenhadas em suas diversas funções e responsabilidades».

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