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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 5 de março de 2008

Exposição recorda «justos do Islã»

Jovens judeus e muçulmanos participaram juntos da inauguração

MILÃO, sexta-feira, 24 de janeiro de 2008 - (ZENIT.org) - Foi inaugurada dia 23 de janeiro em Milão (Itália) a exposição «Justos do Islã» («Giusti dell’Islam»), promovida pela região da Lombardia por ocasião da Jornada da Memória, celebrada em 27 de janeiro, aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.

Participaram da apresentação o presidente da União de jovens judeus da Itália e um responsável pelos jovens muçulmanos italianos.

O objetivo da iniciativa, explica um comunicado recebido pela Zenit, é «recomeçar juntos a partir do exemplo daqueles muçulmanos que, durante a perseguição nazista, atuaram para salvar a vida de alguns judeus».

«Sem a referência ao Holocausto não se pode compreender o Ocidente de hoje – afirmou Abdallah Kabakebji, da direção dos Jovens Muçulmanos italianos. Eu, como jovem que vive na Itália, considero como algo normal participar da cerimônia da Jornada da Memória. Mas se, no clima de hoje, para alguém este fato pode assumir um significado extraordinário, que sejam bem-vindos estes momentos.»

Por sua parte, o presidente da União dos jovens judeus da Itália, Daniel Nahum, observou que a União «dirigiu aos jovens muçulmanos um convite para vir junto a nós à sinagoga. E eles aceitaram. Mas o que é ainda mais importante é que todos saibam que entre nossas associações há um diálogo desde a base, que vai adiante há tempos».

A mostra, organizada pelo Centro Missionário PIME (Instituto Pontifício das Missões Exteriores) de Milão, «pode ser uma valiosa ocasião para fazer compreender que as religiões – quando vividas como encontro – podem de verdade ser uma resposta para o mundo de hoje», acrescentou Nahum.

Com 25 painéis, a exposição pretende «trazer à memória uma página de história meio desconhecida», declara o comunicado.

«Entre os 22.000 nomes dos Justos entre as Nações – ou seja, aquelas pessoas recordadas no museu do Yad Vashem de Jerusalém como heróis, tendo colocado em risco sua própria vida para salvar a de alguns judeus durante a Shoah – são cerca de 70 os que procedem de contextos muçulmanos.»

Giorgio Bernardelli, jornalista da revista do PIME, «Mondo e Missione» (Mundo e Missão), denuncia que «hoje são os mais esquecidos entre os Justos».

«O conflito político entre israelenses e palestinos – que com muita freqüência vemos estender-se às identidades religiosas e culturais – tornou lamentavelmente suas histórias politicamente incorretas, tanto para os muçulmanos como para muitos judeus. Porque é mais fácil classificar o outro sob a etiqueta do inimigo», comenta.

A mostra «Justos do Islã» estará aberta até 10 de fevereiro no Museu Povos e Culturas do PIME de Milão e será depois colocada à disposição de escolas e centros culturais para iniciativas de sensibilização sobre o diálogo entre culturas e religiões.

Alguns dos painéis serão expostos em 30 de janeiro na Estação Central de Milão, durante a cerimônia anual de comemoração da deportação dos judeus milaneses para os campos de extermínio.


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