TV Globo - DFTV 1ª Edição, em 22/03/2008
Celebração da Páscoa
Fabiana Santos / Josuel Ávila
As mulheres da comunidade judaica tiveram trabalho ontem (21) para preparar a comida para o Purin, a Festa da Rainha Ester, que para os judeus, salvou o povo da morte há 2.370 anos.
Por causa do calendário lunar e por ser ano bissexto, a comemoração, que geralmente coincide com o carnaval, ficou próxima à Páscoa Cristã. Para celebrar o Purim, os judeus preparam biscoitos recheados com uvas e geléia, chamados rumantach, e também bolos de uva.
"Na sinagoga, nós lemos a História de Ester, que se chama "Meguilat de Ester”. E depois de todas as orações feitas, da História de Ester, que será contada, nós vamos lanchar”, conta a diretora de eventos da sinagoga Raquel Ungierowicz.
No calendário judeu, o ano em que estamos é o 5.768. A Páscoa judaica, chamada de Pessach, este ano, só ocorrerá daqui há um mês. O significado dela é libertação.
"A páscoa judaica é uma festa de liberdade. Ela simboliza a liberdade conseguida ao sair da escravidão do Egito - escravos fomos - para a liberdade e para a Terra Santa. É o momento em que Deus entrega o povo judeu à terra de Israel”, revela a presidente da Associação Israelita Vivienne Landwehr (foto).
Para os cristãos, o sentido da Páscoa é a ressurreição de Jesus Cristo. O que varia entre os cristãos evangélicos e católicos são os rituais de celebração da data.
Os evangélicos não celebram o calvário de Cristo, por isso não há o ritual da Via-Sacra. O mais valorizado, segundo o reverendo Vilarindo, representante dos pastores do Distrito Federal, é a existência de Jesus Cristo após a ressurreição.
"Aquele que já venceu a morte, aquele que já não está mais no madeiro, não está mais coroado de espinhos, aquele que está plenamente vivo para trazer paz e alegria", diz o presidente do Conselho de pastores do DF, pastor Vilarindo Lima.
Para a Igreja Católica, o ritual da Páscoa inclui a Paixão, que começa na quinta-feira com a missa da última Ceia. A Morte, na sexta-feira, com a adoração da Santa Cruz e a Via-Sacra. E a ressurreição, de sábado para domingo, com uma Vigília Pascoal.
"Queremos convidar a todos a pelo menos este sentimento de temor e, ao mesmo tempo, de respeito com a Semana Santa e com a celebração daquele que nós cremos que deu a vida por nós”, apela o pároco da Catedral Monsenhor Marcony.
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